Segundo Gómez Chacón (2003) há necessidade de mudanças nas relações afetivas do ensino da matemática, sobretudo pelo medo que muitos professores têm promovido no processo de sua aprendizagem. Tanto os professores como os alunos possuem visões próprias sobre a matemática e seu ensino, e esses conhecimentos subjetivos podem acarretar um obstáculo a respeito de mudanças. Se acaso o professor se permitir práticas de ensino diferentes, poderá encontrar resistência por parte dos alunos, já que estes podem deter algumas crenças sobre como deve ser a aprendizagem da matemática. Sob este aspecto, poderão manifestar reações emocionais negativas. O professor deverá ajudar os alunos a saírem deste estado de bloqueio a partir de atividades matemáticas compreensíveis e relacionadas com o cotidiano.
A prática do professor, por ser um trabalho criativo e intelectual, deve estar longe de um processo de alienação. O cotidiano do trabalho profissional do professor deveria estar permeado de muita ação reflexiva. Para desenvolver a postura reflexiva nos professores, não basta que os formadores adotem-na intuitivamente em seu próprio trabalho. Eles devem conectar esta intuição a uma análise do ofício de professor dos desafios da profissionalização e do papel da formação inicial e permanente na evolução do sistema educativo (PERRENOUD, 2002)
A educação matemática, na perspectiva da diversidade cultural, envolve o político, o social, o tecnológico. Ao tratar da aprendizagem de resolução de problemas, supõe dotar os alunos da capacidade de aprender a aprender, de encontrar por si mesmos respostas às perguntas que os inquietam ou que precisam responder. (POZO, 1998)
GÓMEZ CHACÓN, M. I. Matemática emocional: os afetos na aprendizagem matemática. Porto Alegre: Arted, 2003
PERRENOUD, F. A prática reflexiva no ofício do professor: profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.
POZO, J. I. E. A Solução de Problemas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
terça-feira, 24 de abril de 2007
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